sexta-feira, setembro 29, 2006

Alargamento?

Descobri ontem que a Bulgária e a Roménia iam entrar na União Europeia a 1 de Janeiro de 2007.... esta ilha deve ter uma firewall de notícias sobre a Europa! Para mais perguntas & respostas sobre o alargamento, consultar a página da UE.

(este post ultrapassa oficialmente o número de posts do anterior blog, o Boitantan)

quinta-feira, setembro 28, 2006

Finalmente alguém me percebe!!!

Durante a leitura do "Hitch Hiker's Guide to the Galaxy" percebi que afinal há quem tenha a mesma fobia do óbvio:

"One of the things Ford Prefect had always found hardest to understand about humans was their habit of continually stating and repeating the very very obvious, as in "It's a nice day", or "You're very tall", or "Oh dear you seem to have fallen down a thirty-foot well, are you all right?"."

Música Nova vs Música Velha

Num fim-de-semana em que arranjei (cortesia do Pitbull) uma série de música nova (Snow Patrol, Scissor Sisters, Guillemots, The Strokes, Charlotte Gainsbourg) acabou por soar mais alto um CD português que não consegue sair da minha lista de favoritos... "Film", da banda The Gift, é bem capaz de ser um dos melhores albuns que ouvi na minha vida inteira.

The Gift - Five Minutes Of Everything

Give me please five minutes of everything
Those days when you wake up
And there's no one by your side
My arm slides slowly to my left side
And to my right side, there's no one there
To kiss you or to hear you
And you go out of bed
Thinking in those days that you need
You used to talk and talk about
And everything that stops your attention
You used to talk, talk about
Everything
Those days when you walk at the bar
And try to keep a conversation with somebody else
And no one out there you could sit down or walk
There's no one there.
Five minutes of love
Five minutes of hate
Five minutes I try to call your name
Five minutes of passion
And no one knows the right place to go
No meaning or just self-control maybe
And you walk out of there
You need to talk with somebody else
And to know the problems are waiting for
Outside the door
Are waiting for
The clock won't stop
And even if it stops
Five minutes of love
Five minutes of hate
Five minutes I try to call your name
Of passion
Five minutes of everything
Of everything
Maybe you want to talk about old questions
Right next to my ear
But I don't care about those silly things
Cause all I need is five minutes of everything

quarta-feira, setembro 27, 2006

Índice de Competitividade Global - a Estatística que interessa

O Fórum Económico Mundial publicou a lista ordenada do índice de Competitividade Global para o ano de 2006 e Portugal ficou em 34º (no ano passado tinha ficado em 31º mas parece que os critérios mudaram - só para nos lixarem, claro!). É óbvio que espero a qualquer momento que o país pare de trabalhar só para discutir como raio é que foi para a este lugar. No entanto, não pode ser esquecido o joker das notícias, denominado "factor estatística que interessa": ficámos à frente da Grécia (47º) (e agora que reparamos nisso, deixam de interessar, subitamente, a República Checa (29º), Espanha (28º) e Estónia (25º)! Maravilha! Sinto-me bem melhor!).

A lista completa pode ser consultada aqui.

domingo, setembro 24, 2006

Angel-A@Cine Lumiere

Angel-A de Luc Besson:

8.5/10 Overall

mas:
6/10 se não gostarem de filosofia barata
9/10 se se sentirem deprimidos
7/10 se não gostarem de mulheres
15/10 se gostarem de mulheres como a Rie Rasmussen (e se se conseguirem abstrair do resto do filme)

Estatística do fim-de-semana

Tempo que demora a chegar de minha casa ao Imperial College via Westminster a pé: 80min.

sábado, setembro 23, 2006

Estou com um problema...

Cansei de ser Sexy!!

quarta-feira, setembro 20, 2006

Flashback II - Fotos






sexta-feira, setembro 15, 2006

Flashback II - Verao 2006 / Eco-Pista em Moncorvo

A eco-pista de Torre de Moncorvo utiliza a plataforma da antiga linha ferrea que subia do Pocinho em direccao a Duas Igrejas e foi inaugurada ha uns meses com dois trocos ja completos: Torre de Moncorvo - Larinho (4,3km) e Larinho - Carvalhal (5,7km). Em fase de projecto (nao sei bem que raio de projecto e que isto precisa por isso vou entender a esta expressao como querendo dizer "em fase de arranjar massa para isto") estao os trocos Pocinho - Moncorvo (que promete uma subida "interessante") e Carvalhal - Carvicais (no final do troco recomendo uma posta mirandesa no Artur). Infelizmente os concelhos vizinhos (Mogadouro e Miranda do Douro), ao que sei, nao aderiram a este projecto, impedindo assim a travessia completa do Nordeste Trasmontano.

No fim-de-semana da festa (ver ultimo flashback) aproveitei para conhecer o primeiro troco de todos e fui do Larinho ate Moncorvo. A recuperacao ficou impecavel com espacos de "descanso" bem escolhidos e com optimas condicoes, ficando agora como incognita o resultado das operacoes de manutencao planeadas (eu espero mesmo que ninguem se lembre de vandalizar aquilo que ja esta a pertencer ao dia-a-dia das populacoes - encontrei imensa gente a passear!).

Proximo Post tera as fotos...

quarta-feira, setembro 13, 2006

A frase da semana

(ou uma piada de uma colega minha)

"A vida e como um programa de analise numerica: demora imenso tempo a convergir e quando finalmente converge, nunca sabemos se temos a resposta certa".

Flashback I - Verao 2006 / Festa no Larinho

Ja tinha sido prometido que ainda voltaria a falar das ferias de Verao e para o primeiro Flashback (e nao sei se sera o unico) escolhi a festa em Tras-os-Montes. Sempre no ultimo domingo do mes de Agosto, ha festarola(-estarola-estarola) no Larinho e eu nao posso absolutamente faltar - nem tanto pela festa em si (nao ha mesmo nada de muito diferente dos milhares de festas que existem em Agosto no nosso pais) mas sim por ser a minha aldeia! Este ano, como variacao o meu Padrinho nao foi (estas em falta!!!) mas tivemos incremento de animacao com a ida do Daniel, Sofia, Paula e Susana. Assim, para alem do banho no rio que nao se concretizou por falta de agua (confesso que nao foi muito inteligente da minha parte tentar ir ao banho ao rio Sabor no final do Verao), tivemos a tradicional visita a Ferrada (sem nos perdermos) e uma incursao pelos campos no Domingo (com um caminho que transbordava a "nao-faco-puto-de-ideia-de-onde-estamos-mas-temos-de-ir-na-direccao-da-torre-da-igreja"). Para a proxima, temos de ir sem ser na festa para sermos - ainda - mais (desta vez estavamos um bocado limitados pelo facto de nao querermos transformar a casa num acampamento cigano com medo que aparecesse a GNR a distribuir cacetadas aleatorias). Estou a ponderar seriamente ir la na altura do Natal quando ai for de ferias por isso aceitam-se pre-inscricoes sem garantia!

Algumas fotos:


O pessoal na Ferrada.

O rio Sabor onde nos queriamos tomar banho e onde mal tinhamos agua para tapar o tornozelo.



O pessoal tao perdido nos campos que ate ja estava a ficar desfocado.

- fim de tarde -

Ficam prometidos para um proximo post outras versoes da ultima foto, gentilmente cedidas pela Susana. Ate podemos fazer uma votacao no sentido de apurar qual o melhor filtro!

terça-feira, setembro 12, 2006

Bruxelas

Este fim-de-semana acabei por ir de Eurostar a Bruxelas com o Miguel para uma visita rapida a terra da cerveja (tem mais algumas coisas, confesso). Digo "acabei por ir" porque foi algo marcado em cima da hora, fruto da inconsciencia estudantil que eu alimento e das ferias dele. Obviamente que gostei: nao era preciso muito, bastava ser a capital da (nossa) Europa e eu ja ia gostar sem precisar de esforco. Se a isso juntarmos parques, cerveja belga, batatas fritas e uma ambiente que parecia estar sempre em festa, acho que se dissipam todas as duvidas possiveis. Acima de tudo deu ideia de ser um sitio onde seria bom viver (nao tao agitado como Londres, claro mas a agitacao tb e algo que nos criamos para nos distrairmos, parece-me).

Algumas fotos:




Top 3 das cervejas (todas em primeiro lugar):

Chimay Bleue, Leffe Radieuse e Westmalle

sexta-feira, setembro 08, 2006

CCC - Cambridge, Conferencia, Confusao

Ontem foi dia de ir a Cambridge assistir a conferencia que estava no link do post anterior. "A natureza do espaco e do tempo" e claramente um assunto que dava para ficar a conversar durante horas e foi um pouco isso que aconteceu, tendo havido perguntas que suscitaram discussoes prolongadas mesmo entre os membros do painel. Destes, destaco o Sir Roger Penrose (um heroi da minha adolescencia - geek, claramente) que escreveu um livro muito bom chamado The Emperor's New Mind - A mente virtual - que pode ser encontrado na coleccao Ciencia Aberta da Gradiva (sim, a mesma do Calvin & Hobbes). Um pequeno resumo esta on-line aqui. Os outros conferencistas iam desde um excentrico-frances-de-sandalias a um tipo do Vaticano, sentado ao lado de um fisico-matematico-que-nao-se-conseguia-esquecer-que-era-budista. A aparicao da noite ficou a cargo do Stephen Hawking que apareceu la na sua pose de Man-Machine mas que foi embora antes do final sem fazer qualquer intervencao na altura dos comentarios.

Quanto ao que foi dito, em si, andou sempre a pairar entre a fisica e metafisica, com um obvio excesso de matematica a mistura por parte de alguns (a comunicacao do Penrose, apesar de interessante, fui um pouco brusca na maneira como introduziu alguns conceitos). Muitos puxaram para o lado mistico do assunto (palmas para o "Vaticanista" e para o "Budista") mas houve quem conseguisse atingir o equilibrio (quase impossivel) ao incluir na sua comunicacao tanto o aspecto religioso da pergunta como os avancos cientificos feitos na area.

No entanto, apesar do interesse claro da discussao, nao cansava de me vir a cabeca:

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?

Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas?
Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.

O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.

Ha Metafisica Bastante em Nao Pensar em Nada - Aberto Ceiro

Paralelamente, ocorria-me tambem que este tipo de conferencia nao seria permitida no Imperial College London. A qualquer momento imaginava o meu chefe a entrar na sala e a comecar a perguntar "mas como raio ganham voces a vida a trabalhar nestas coisas? Va, tudo para a rua a fazer dinheiro!". E uma diferenca assustadora entre as duas universidades: uma e uma maquina de conhecimento (que o aproveita para fazer dinheiro) e outra uma maquina de dinheiro (que o aproveita para fazer conhecimento). Felizmente o Imperial e o ultimo e fica numa cidade (a serio).

quarta-feira, setembro 06, 2006

Reabertura do tasco

Pois bem, terminou o (meu) Verao e voltei para Londres. Esta tudo na mesma.. a excepcao da casa, claro (mas isso ja voces sabiam que era nova). Cheguei faz amanha uma semana mas ainda nao tive tempo de escrever aqui devido ao senhor meu vizinho que, pelos vistos, se incomodou por nos usarmos a rede wireless dele. Assim, ficamos as escuras em casa (logo no dia que tinhamos comprado um retransmissor para podermos ir a net na casa de banho...) e so no Imperial e que posso ver o mail / escrever no blog / fazer investigacao seria (em ordem decrescente de frequencia, naturalmente - ja perdi totalmente a esperanca de convencer quem quer que seja que trabalho a serio por isso mais vale embarcar na onda).

Quando a normalidade for reposta, voltaremos as historias do meu / nosso Verao e a outros assuntos marginais.

Entretanto, fica a dica para uma conferencia a qual estou a contar assistir:

http://www.newton.cam.ac.uk/programmes/NCG/ncgw02_pd